Enfim, eu pretendia chegar a algum lugar com esse texto. É o seguinte: eu descobri que o amor é sim, possível, sem ser apenas o amor de mãe. A gente sempre vê isso, mas nunca enxerga de verdade. Descobri algumas pessoas que amei, e que mesmo que tudo tenha mudado e hoje em dia um retorno seja impossível, eu continuo amando até hoje. Descobri o quanto eu amo meus amigos. Descobri o quanto eu amo o que eu faço. E embora singularmente falando apenas um desses não seja o suficiente para sustentar todas as explicações para as dúvidas mencionadas mais cedo, os meus amores coexistem, me tornando completa. Amor não acaba mesmo, é sim, eterno. Mas a gente se esquece que essa eternidade significa apenas que ficou no passado. E ficando no passado, tomando lugar na sua história e no seu coração, ele dura para sempre. Não sei bem se consegui me explicar, mas é mais ou menos isso.
Não é um só amor, mas são tantos, e nem sempre correspondidos. Muitas vezes a gente ama só. A gente ama um sorriso, um gesto, uma palavra, uma voz, um relacionamento que se perdeu.
Amor é eterno, mas é também efêmero, e acaba, mas quando acaba fica, de sua própria maneira registrada na gente. E isso que faz tudo valer a pena. A gente precisa de uma certa distancia, pra enxergar as coisas como realmente são.
Nosso coração acaba se tornando um livro de contos, e a gente o porta-voz. Contos que acabam, ou continuam, e depende apenas da gente fazê-los valer a pena ouvir.
Romantique!
ResponderExcluirO meu lado racional me faz acreditar que existe um único tipo de amor: o amor-próprio, e todos os outros derivam deste.
Amamos o próximo por amarmos a nós mesmos. Queremos o bem do outro não pelo o seu bem, mas pelo o nosso prazer de ver tal pessoa feliz.
Tudo filosofia barata e pessimista da minha cabeça.
Prefiro acreditar nos bombons, nas baladas bregas e no "eu te amo".
Belo texto, assunto que nunca acaba...