Numa luta enorme para chegar a algum lugar, pra procurar algum sentido, ou a razão de tantas decisões, desentendimentos e mais, lembrei-me finalmente daquilo que era real. Daquilo que valia a pena. Daquilo que fazia sentido. Procurei algo para desenhar, e mesmo sem um trisco de lápis, tudo o que eu pensava parecia subitamente fantástico. Uma sucessão de imagens, primeiro forçadas, imagens pré-existentes e um longo caminho de alteração para criação, para finalmente conseguir respostas. E nada de conseguir resposta da maneira que as pessoas pensam que conseguem respostas, ou como elas conseguiriam respostas em um filme ou algo do tipo. Ou só lembrei, assim quase sem querer. Flashs de momentos. Discussões sem futuro, porém válidas, como há muito tempo não via. Aquilo que me encantava é a beleza de um erro, e de uns tempos pra cá, busquei apenas o correto. Bombardeio de imagens, assim como a própria internet. Busquei numa pasta de retalhos salvos, algo que valesse a pena. Não busquei as saudades, mas elas vieram naturalmente. Saudade em plural, pois funciona para várias coisas ao mesmo tempo. Saudade é plural. Dias específicos, situações específicas, teimosias, bobagens, bebidas, yakisoba, olhares, só coisas que deixei pelo caminho, que um dia parei de prestar atenção. Parar de viver no passado. Ou no futuro. Ou de esperar coisas incoerentes.
Meus cisos estão nascendo. Dói todo o lado esquerdo interno da minha boca.
E eu cansei de reclamar.
Juro por Deus-sabe-lá-quem que eu cansei de reclamar. Cansei de me culpar, ou de me punir por coisas que não merecem punição. De uma hora para a outra acho que eu também mereço ser feliz. E que todo mundo merece. E é uma pena, por que tão poucas pessoas são efetivamente felizes.
PS: Adoro quando numa pausa de um texto infeliz eu consigo encontrar uma solução.
E o título pode não ter muito a ver com o texto em geral, mas eu fiquei de quatro por essa frase. Sempre acaba assim.
Coloquei no Google: saudade ou saudades, e por sorte [muita sorte] acabei entrando no teu blog, poxa, que texto bonito, sei que é um pouco aleatório uma estranha comentando assim, mas é tão bom ler alguém sabe? Ainda mais assim..parece que teu texto de alguma forma expressou o que eu não conseguia expressar direito, ou algo assim.
ResponderExcluirSim, pois é, bem confuso mesmo né? Acho que é assim mesmo, sem muitas conclusões, um dia que sabe, uma certeza, só pra variar.
Escrever é preciso!
Ah, estava escutando “Dia 36” dos Mutantes quando entrei no teu blog, “Cabelos rosas gente a se abraçar , tudo alegre indo e vindo, tudo em volta a brilhar...” ai vi a foto, teu cabelo..é rosa!
Tá, você deve estar me achando uma pessoa bem esquisita, tudo bem.
Beijo garota.
ps: gostei do nome do blog, sonoro. e sim, saudade é plural.