segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mulherzinhas

Estava acostumada a achar que deveria me sentir mal, por um motivo ou outro, não importa. Hoje eu precisava escrever. E a razão para tal é que hoje, segunda-feira, por mais que eu tenha mesmo dormido mais do que ficado acordada, me sinto bem melhor em comparação aos dias anteriores. Volto a ter não só opções, mas um milhão de idéias e talvezes e prospecções futuras. Esse blog não passa de um grande desabafo, em seu interim. E por vezes pode ser mais poético, ou contar histórias, e eu sei que ultimamente não tem sido nada fácil sair de mim. Nem dizer qualquer coisa que valesse a pena ser ouvida. Acho que eu preciso ver "500 dias com ela" de novo. Já está quase de manhã, e foi ontem, mais ou menos por esse horário que eu voltei a me sentir bem, a aceitar certas coisas que eu me recusava. E ainda existe raiva, e insatisfação, mas graças a um livro "novo", que eu comprei há muito tempo e só fui realmente ler ontem. O livro em questão era "Mulherzinhas", em inglês "Little women" e que possui um filme chamado Mulheres Adoráveis, com a Susan Surandon e Wynona Ryder. (Dando a ficha.) Então, o livro, que é infinitamente mais interessante que o filme, traz a história de quatro irmãs, e todo o processo de crescer, na verdade. E antes julguei muito e achei sem propósito, e algumas partes dele me parecem uma imposição de valores meio forçada, mas não é essa a questão. Ou talvez até seja, por que o que o livro realmente trata são valores. Valores esquecidos e relembrados, na própria dureza do cotidiano, uma lembrança das coisas na vida que realmente valem a pena. Além de ser uma delícia de ler. Cem páginas à virar num piscar de olhos enquanto eu me deliciava com aquelas vidinhas simples, de meninas simples, que descobriam o valor de não julgar os outros ou a controlar suas emoções de modo a não agredir alguém sem querer. E eu acabei me identificando muito. Com coisas eu mesma já tinha pensado, e com a maneira que eu vinha agindo, sem me importar com nada que realmente valesse a pena. Que para se poder apreciar o ócio nós precisamos aprender o valor deste, por meio do trabalho. E da honestidade. Entre outro milhão de coisas. E fui me perdendo nisso, e quando vi, já estava muito melhor, e é um processo eu sei, é um processo lento de cura.
Hoje eu cozinhei às 3h da manhã. Muito ânimo, de fato, fui fazer panquecas, que, na verdade, saíram um desastre de feias, mas até que gostosinhas. A massa ficou grossa, e não ficou lisa, enão achei nada aqui em casa que pudesse servir de recheio, mas deu pra alimentar. Hoje vou trabalhar às 10h na montagem de uma exposição o que me parece bem divertido e propício para colocar a cabeça no lugar.
Vou parar de adiar, e vou atrás de tudo aquilo que eu realmente quero pra mim. Cansei de me sentir deixada para trás, sabe?
E hoje na verdade já é terça-feira, que eu considerei segunda por ainda não ter ido pra cama embora já sejam cinco da manhã. Nada como um dia após o outro.

Eu só queria mesmo era ajudar as pessoas com esse blog. Eu já falei isso aqui antes, e ler isso da boca para fora, na verdade parece meio ridículo embora seja verdade. E todos os ultimos textos pra mim perderam completamente o valor poético que eu achava que tinham para parecer absolutos desabafos. Isso não significa que está pior ou melhor, mas é que eu ando me envolvendo tanto comigo mesma e com a minha insatisfação e com a minha dor que eu deixei de fazer alquilo que eu mais queria fazer. Mas enfim, vou ficando por aqui. Beijos a todos, e se algum de vocês souber fazer uma panqueca que preste, por favor, você sabe onde me encontrar!

Um comentário:

  1. ai sa! sensibilidade e nao sentimentalidade.
    é isso!
    depois te ensino a fazer panquecas.
    beijos

    je t`aime mon amie !

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