segunda-feira, 12 de julho de 2010

Recortes de trabalho de vida.

São quebra-cabeças, são homens-sombra, homens sem sombra, é a falta de chão. É a quebra com tudo aquilo que se diz chão. É o sentido e a razão, , e as lendas urbanas. É o vento, o conceito, a música. É tanta gente "interessada", que faz a gente se sentir desinteressante. É o sentimento, a decisão, a falta de satisfação e o caminho tomado, Turbilhão de coisas, turbilhão de sentidos, que não se encontram, não se desfecham, nem muito menos desaguam em lugar nenhum. Na cabeça talvez. Na mente você tem o mar, na mente você tem os monstros. O contexto nos cria ou nós criamos o contexto? Cadê meus sentidos? Fazer a falta dele passar pro papel, não tarefa mais fácil. Acho cercada de quebra-cabeças, olhares vazios, homens, sombras, casulos, cata-ventos, máscaras e cidades coloridas. Inspiração só falta, mas tudo se surge. Faz algum sentido? Te toca, te exalta, te livra daquilo que falta! Não é paixão não é trabalho, vira tudo produção. "Desculpe, eu não estou sentindo nada". Tanto medo de tanta coisa. Talvez não dê em nada. me isolo do universo e fica tudo bem, até sair de casa de novo. Não tem álcool que sare a ferida que se abre sozinha. Incoerente, simpatia que empata a empatia; Incoerencia é tudo, e nada nunca fez sentido.
Inspiração não existe, se trabalha. Odeio trabalho que pareça forçado. Gosto de trabalho que se faz livre.
Livros encaixotados, palavras engavetadas, quero dizer mas não vão entender. Nem sei se quero que entendam. Livros que tenho que ler, filmes que tenho que ver. Coisas a escrever, pensar desenhar. Atordoada como um zumbi- irrequieta com a falta de vida. Falta daquela que ainda não foi. Não sei o que ser, não sei o que quero, não sei o que fazer. Talvez eu já seja, será?
Não condeno a beleza, que essa se faz fundamental. Tristeza é sina de artista. Todos estamos doentes, e viva Saramago. Não que eu leia, já disse sou leiga.
Não sou boa com novas mídias, as velhas me bastam. Não tenho paciência para um monte de coisa, e um monte de gente que me faz sentir a parte.
Odeio a verdade, odeio o azar. refugio-me de novo: máscaras, cores, circos, amores, famílias. E a estética se constrói e se perde tudo na minha coesa incoerência, se faz por linhas e pincéis. Eu ligo pro interno, pra chance, pro futuro, pra juventude. Meu trabalho já deixou de agradar. Simpatia não basta; Agressão muito menos. Tudo irrita e pouco fascina. De novo com a sina, queria paz. Queria saber, queria ir atrás, queria fôlego.
O ar anda rarefeito para aqueles que pararam de respirar. É ambição, é dever, é fogo, é poder. O querer fica mais atrás, agora todo mundo quer mais. É escolha, é sonho, é destino? Não sei.
Quero arte. Quero schiele, toulouse, brancusi, giacometti e rodin.
Falta precisar acreditar. Ninguém mais acredita. E todo mundo zomba, o tempo todo, de tudo. Dai-me paciência. Dai-me aquilo que eu quero e não posso. Dai-me um sorriso. Dai-me luz. Dai-me chão.
É tanto que falta. O labirinto perde o propósito, se você pode sobrevoá-lo.
Corrida contra o tempo? Corrida contra a preguiça. Saia de mim que eu não quero mais sono. Quero comida, comida, comida, satisfação do açúcar, num pote de sorvete de doce de leite.
Ah, paz, banho quente, pés vermelhos, cai na cama pesada, dormente inteira, inerte sempre.
Liga a televisão, vive de televisão, gira os canais e nada de bom, pensa em um filme e vai pro computador, fingir que tem vida. Sai de casa, pra doer, melhor a cama, os pés vermelhos, o cobertor e o ventilador. Cama, não volto, não vou não faço, não saio.

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