segunda-feira, 29 de março de 2010

Então hoje foi a primeira vez num mês que eu o vi, depois de todo o incidente. E tudo que eu vi foi um homem fraco, não um homem, mas um menino. Fraco e de olhos inchados, e talvez seja isso que ele tenha sido o tempo todo. Não é possível ver inteligência num homem que perde seu rumo. Tive que ser implacável e acredito que pela primeira vez em muitíssimo tempo fui bem sucedida nessa tarefa. Aquela dança jamais se repetirá. Não sinto pena, por que deveria? O efeito que agora me domina é raiva. O segundo dos estágios da morte. A raiva, indignação. A culpa é, de todo e qualquer modo, dele. Ele fez a merda. ELE, pos tudo a perder. Por que o que a gente tinha era ótimo. Se fosse qualquer outra pessoa talvez tivesse se rendido. E eu mesma no inicio, não me rendi? Cega como estava, tudo que ele dizia era a harmonia do meu ser. Como eu já disse pena. Pena é tudo que me resta, além da raiva mortificante.

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