terça-feira, 22 de março de 2011

Silêncio.

Desliguei a televisão por um momento, pra tomar um banho e voltar pra cama, sem esquecer das minha palavras cruzadas ou do ultimo livro. Silêncio intimidador, me deu por um instante um vislumbre dos meus pensamentos. Devaneios brancos, duvidas sem respostas e um cansaço meio morno. Espero por alguma idéia melhor? Espero por alguma surpresa nos 45 do segundo tempo? Espera é branca, que nem o silêncio. Mas o silêncio mata mais. Talvez quem cala consente mesmo.
Sonhei com as cartas amassadas de um baralho novo, e presentes infrutíferos numa festa amedrontadora em uma cidade de estranhos. Vislumbres de um lugar onde eu não queria estar, e de quereres que funcionam apenas em sonho.
O Silêncio intimida pelo mesmo motivo que uma folha em branco, pois ele está sempre esperando pra ser preenchido. Torna-se assim, pouco natural, e assusta. Elenos revela a mente e as vezes tudo que mais queremos é fugir desta. Talvez eu não tenha as respostas, e isso não é por falta das perguntas. Talvez agora não precise de respostas. Talvez o sonho seja só mais um silêncio, só mais um momento. O silêncio pode ser branco, o vazio então seria negro. Ouvi de Van Gogh que na natureza não existe preto. O que existem são variações de cinza, que anexas as outras cores formam variações destas, tornando-as infinitas. E nisso o preto fica vazio, o que pode ser contraditório de fato que muito se esconde dentro deste, contudo a luz será sempre a raiz da visão.
Silêncio e reflexão andam juntos, posto que a mente não cala, quando dada a chance. Para isso passatempos e para isso barulho, mas os ruídos estão parando de satisfazer, virando apenas ruído, apenas barulho. Não vou ligar mais a televisão hoje. É vicio que não alimenta por ora.

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