sábado, 21 de agosto de 2010

dúvida.

E se as coisas não tiverem que pesar? Gosto de tudo assim mais leve, vou levando como posso.
Deixando minhas brincadeiras de lado, o pique-pega e o esconde-esconde, chega nervosa a hora de fazer escolhas.
Não sei se estou preparada. Nem sei direito o que essas escolhas vão dizer, nem o que vão significar pra mim mais pra frente.
Opções se deslancham na minha frente, e eu sem saber aonde vão desaguar.
Vontade de pular pra última página do livro, pra saber o que acontece. Isso se um dia eu chegar a saber. No momento eu quero deixar tudo acontecer. Não vou machucar aqueles que me fazem bem. Esse é o plano por agora.

domingo, 1 de agosto de 2010

Fora da caixa.

Nos acostumamos com as caixas. As caixas nos definem e pré definem. Estiveram sempre lá, e foram estipuladas por pessoas que, com certeza, já morreram, e se consideraram geniais, por conseguir encaixar o comportamento humano. Quando nascemos, já há várias caixas. Carregamos o papel de filhos, sempre, de bebês, de crianças, e tudo que isso carrega. Caixa é conformidade. Se você faz alguma coisa, e outra que está dentro de uma caixa faz a mesma coisa, você se torna automaticamente igual a pessoa desta caixa. Caixa é rótulo. Se me digo artista, a primeira idéia que te vem a cabeça é daquele cara barbudo com um cigarro na mão, um café na outra completamente sujo e esfarrapado, de noites acesas pintando. Bom, eu geralmente ando bem limpinha, durmo de manhã, sou uma garota - logo, não tenho barba, não gosto de café e não fumo. Mas não é só isso que se trata a coisa das caixas. Elas te limitam. E você não se importa, pois está num conjunto de outras pessoas "como você", inteiramente classificavel. Não há ninguém como você. A gente tem que se acostumar com a idéia da unicidade de cada pessoa. Não nos limitar por preceitos que nos foram impostos, que só porque eu sou de um jeito, tenho que agir de tal jeito. Não é assim. Nem um pouco. Odeio ver gente de potencial se limitando por que as limitações do mundo não se encaixam com as possibilidades destes. Fora da caixa é bom. Não somos assim, tão simples, por mais que tentem pensar que somos. Temos níveis, desníveis, prateleiras, e cada objeto do mais raro e único guardado dentro da gente. Talvez sejamos caixinhas tão unicas, tão cheias das coisas mais preciosas, e também das mais sujas, e perigosas. Não sei se caixa é a palavra certa. Só quem fez sucesso até hoje foi quem pensou "fora da caixa", então pra que ficar brigando tanto para pensar dentro dela? Pra ser mais um na multidão? Pra ser normal? A caixa pra mim é bem limitante. As máscaras dizem muito por não dizer absolutamente nada. A caixa tem o vazio. Não quero ser guardada. No fim das contas é sempre o "não se reprima" de sempre. E que não existe problema em ser feliz. Se todo mundo espera que você não esteja feliz, ou se todo mundo espera que você esteja feliz mas não está, não tem problema. Acabei de ver em "Alta fidelidade", a seguinte frase: "Me acostumei a não me apegar a nada, pois tornava tudo mais fácil. Isso é suicídio." Sei lá, no momento estou gostando tanto. Adorando não me apegar, e eu nunca fiz isso antes, e está fazendo tanto bem. É claro que depois de tanto perrengue eu não tinha como me apegar, mesmo. Talvez eu esteja me apegando, mas só às coisas boas, saudáveis e que me acrescentam. E é assim que deve ser.
Então. Viver fora da caixa. Não só pensar, mas fazer as coisas de acordo com suas próprias regras, e não com a dos outros. Só nisso existe a verdade. A verdade só é real quando é verdade para você. Só na verdade, beleza e liberdade. E nisso tudo amor. Tudo bem que é uma retomada do texto anterior, mas é tudo isso: beleza, verdade, liberdade e amor. Só nisso, há arte. E pode ser boêmio da minha parte, eu não ligo, mas é verdade, minha verdade.